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Exposição fotográfica "Além dos Jardins do Ipiranga" , inaugurada dia 26 de setembro /2004.

Inaugurada em 26 de setembro, a exposição gratuita "Além dos Jardins do Ipiranga", da fotógrafa Sheila Farah. Na ocasião, houve um abraço simbólico ao redor das fontes e chafarizes do Parque da Independência, no bairro do Ipiranga. São 20 painéis gigantes (3 x 1,75m) com mais de 40 imagens espalhados pelo Parque que retratam moradores, freqüentadores, entre outros, contando a história da formação do Parque e as intervenções ocorridas desde a sua criação. A exposição fica em cartaz até o dia 26 de novembro/04.

Ricardo Mangold

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA "ALÉM DOS JARDINS DO IPIRANGA" INAUGURADA DIA 26 DE SETEMBRO

Fotógrafa Sheila Farah retrata a restauração do Parque e personagens do bairro do Ipiranga

Abraço simbólico marca a abertura da exposição

No próximo dia 26 de setembro, domingo, às 15h, será inaugurada a exposição fotográfica "Além dos Jardins do Ipiranga", da fotógrafa Sheila Farah. Na abertura da exposição haverá um abraço simbólico ao redor das fontes e chafarizes do Parque. O evento será organizado pela fotógrafa Sheila Farah, pela sub-prefeitura do bairro do Ipiranga, por membros da sociedade civil, por moradores e freqüentadores do bairro. A exposição, gratuita, ficará em cartaz para o público até o dia 26 de novembro de 2004.

A exposição "Além dos Jardins do Ipiranga" faz parte do projeto de revitalização do parque da Independência, com patrocínio do Banco Real, que incluiu o restauro dos chafarizes, a recuperação das fontes, dos jardins e o Monumento à Independência, entregues no último dia 02 de setembro. A exposição é resultado do trabalho realizado para a criação do livro, que leva o mesmo nome, e que será lançado em novembro deste ano.

São 20 painéis gigantes, de 3 x 1,75m, com mais de 40 imagens, espalhados pelo Parque da Independência, que retratam moradores, freqüentadores, visitantes e amantes do bairro do Ipiranga, contanto a história da formação do parque e as intervenções ocorridas desde a sua criação. "Foi uma experiência muito enriquecedora. Além de ter reforçado a importância histórica do Parque da Independência, percebi também a importância de um local como este na formação do cidadão. Tivemos acesso à história vivida pelos moradores do bairro como a família Jafet, a família Vicente de Azevedo e Franceschini, entre outras que estão ali desde a formação do Ipiranga", revela a fotógrafa e curadora da exposição Sheila Farah.

Alguns painéis da exposição possuem duas imagens, totalizando 40. Fotos do "antes" e "depois" do restauro das fontes, chafariz e monumento são compradas a imagens do trabalho final, com o objetivo de relembrar ao público o estado de conservação do local antes da intervenção.

Sheila Farah explica que além das imagens de restauração, há imagens históricas e de depoimentos. "Os retratos dos moradores vêm acompanhados de citações, exaltando a importância do parque em suas vidas. Já as imagens históricas vêm acompanhadas de legendas, destacando os principais acontecimentos da história do parque desde a sua criação", explica Farah.

A exposição "Além dos Jardins do Ipiranga" tenta cumprir com sua missão histórica, didática, educativa e artística destacando a importância da conservação de espaços públicos e do papel do cidadão.

Na abertura da exposição, dia 26 de setembro, estarão presentes membros da família Jafet, da família do conde Vicente de Azevedo, além de todos que colaboraram para a realização da exposição. Personagens vestindo roupas de época estarão circulando pelo Parque.

www.sheilafarah.com.br

Serviço:

Exposição Fotográfica "Além dos Jardins do Ipiranga", de Sheila Farah

Abertura: 26 de setembro, 15hs

De 26 de setembro a 26 de novembro de 2004

Horário: das 5h às 20h

Local: Parque da Independência

Endereço: Parque da Independência, s/n, Ipiranga

Ingresso: gratuito

PMP Assessoria de Imprensa
Ricardo Mangold

Telefax: (11) 3865-5903

Cel.: (11) 9187-3994

e-mail: pmpassessoria@uol.com.br

Perfil Sheila Farah

Sheila Farah teve contato com a fotografia aos doze anos, quando um amigo de seu pai lhe deu de presente: sua primeira máquina fotográfica. Aos 14 anos já estava inscrita em um curso de fotografia. Filha de um imigrante libanês, Sheila Farah estudou (1985) desenho e fotografia na Escola Panamerica de Artes. Em 1989, Sheila partiu para Firenze (Itália), onde estudou joalheria e serigrafia no Studio Fuji. Paralelamente a esta atividade, a fotógrafa também estudava desenho gráfico na Escuola Lorenzo di Médici.

Ainda em busca de conhecimento, Sheila Farah embarca para Nova Iorque onde estuda durante três anos fotografia e artes plásticas no ICP, International Center of Photography. Durante o período que esteve lá foi responsável pelo gerenciamento do arquivo de imagens do instituto.

"Minha chegada a Nova Iorque foi engraçada. Cheguei seis meses antes do curso e já não agüentava mais. Um dia sentei no banco de uma praça e comecei a chorar pedindo à Deus alguma luz. De repente um velhinho senta ao meu lado e começa a conversar. Descubro que ele era simplesmente o diretor do Instituto onde iria estudar, ninguém menos do que Cornell Capa, irmão do famoso fotógrafo Robert Capa".

Foi em Nova Iorque que Sheila começou a desenvolver uma séria de fotografias de mulheres nuas que mais tarde viriam a se transformar na exposição "Mulheres Lúdicas", em 1994, que reabriu a Funarte. Foi nesta série de fotos que Sheila usou uma técnica até então inédita: filme cartográfico - específico para mapas - para fotografar pessoas. Sheila fotografava quase que diariamente mulheres em seu apartamento na cidade. Eram amigas, conhecidas ou desconhecidas que ela procurava ouvir para a busca do "eu" de cada uma. "Como usava a luz natural para as fotos, quem estava nos prédios ao redor do meu conseguia ver tudo pela janela. Todo dia, no final da tarde, muitos já estavam com binóculos a espera do ensaio".

Em 1993, no Centro de Fotografia de Nova Iorque, Sheila inaugurou a exposição individual "Cage-Man" (Homem da Gaiola). "Um dia sonhei com um homem nú, com uma gaiola na cabeça. Seria um homem moderno, mas preso pelos seus ideais capitalistas. Precisava então de uma gaiola para materializar o sonho. Encontrei a própria numa loja de pássaros e fui falar com o dono. Explique que era estudante e tinha sonhado com a tal foto. O dono, um sósia de Salvador Dali, me emprestou a gaiola para fazer a foto com todo entusiasmo". No dia seguinte fui ao Central Park com um amigo que topou fazer a foto nú, mesmo com o frio de cinco graus abaixo de zero.

A paixão pela Floresta Amazônica fez com que uma viagem a lazer de uma semana se transformasse em seis meses de convivência com a população ribeirinha. "Meu pai dizia que se eu quisesse ver a floresta deveria alugar um vídeo. Morei em flutuantes e viajei pelas Anavilhanas, maior conjunto de ilhas fluviais do mundo, fotografando e aprendendo a entender o ser humano. Faço do meu sonho a realidade. Todas as minhas experiências transformei em realizações, que culminaram em algum trabalho: uma exposição, um projeto, até produção de vitrines para lojas". A viagem resultou na exposição "Amazônia Humana", em 1990.

O Marrocos foi outro país que Sheila visitou e que transformou na exposição "Marrocos - Vida e Dança", em 1996. "Os marroquinos acham que a fotografia rouba a alma. Realmente acredito que eles têm alguma razão, mas foco em meu trabalho a busca da minha própria alma refletida naqueles que estou fotografando". Foi no Marrocos que Sheila fotografou em um cortume, lugar tradicionalmente só freqüentado por homens."Com o cheiro, desmaiei, não sentia minhas pernas. Um homem veio e me fez cheirar uma flor que acredito ser de laranjeira. Depois de recuperada quase apanhei, pois eles não queriam que eu os fotografasse. Fui por diversas vezes salva por um amigo irlandês, sempre encontro anjos em meu caminho".

De volta ao Brasil, em 1994, Sheila Farah atuou como executiva de marketing em diversas empresas e, em1997, montou sua própria empresa, a Neat, pioneira no serviço de construção de marcas, que integra a criação, o planejamento e execução de ações de marketing através da prestação dos serviços de naming, branding, packing, design gráfico, web design, propaganda, marketing, promoções e eventos. "Minha empresa é reflexo do meu trabalho com artista plástica e fotógrafa. Criamos e realizamos".
 

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