ARTES EM EXPOSIÇÃO


De: Dep. Arlete Sampaio
Para: Theresa Catharina G. Campos
Enviada em: 27/10/2004 17:35
Assunto: Arlete propõe título de cidadã honorária à Marianne Peretti
Prioridade: Alta

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Arlete propõe título de cidadã honorária para Marianne Peretti

A deputada distrital Arlete Sampaio (PT) propôs à Câmara Legislativa a concessão do título de cidadã honorária à artista plástica Marianne Peretti. Segundo o amigo da homenageada, Oscar Niemeyer, ela “compreende o sentido das artes, da invenção nas artes e segue desenvolta pelos caminhos da beleza e da fantasia”. A amizade da artista e do arquiteto rendeu duas décadas de trabalho conjunto e vinte magníficas obras em Brasília: vitral da Catedral de Brasília; painel escultural e vitral do Grande Salão e da Capela do Palácio Jaburu; painel do Salão Verde e vitrais do Salão Nobre (inspirados na mitologia grega) e da Capela da Câmara dos Deputados; painel com peças de vidro e vitral com fundo de espelho, instalados no Senado Federal; fachadas de concreto e vitral escultural do Superior Tribunal de Justiça etc.

Nada se compara à grandiosidade da Catedral de Brasília, idealizada por Oscar Niemeyer e considerada uma das realizações mais significativas da arquitetura religiosa do século XX. Consagrado em 1970, o templo passou por uma grande reforma em 1989, quando, então, ganhou os vitrais de Marianne (dezesseis ao todo). Foram meses de trabalho extenuante, conforme ela descreve: “eu desenhei a Catedral no chão do Ginásio Nilson Nelson. Desenhei, sozinha, mais de dois mil metros quadrados. Cada desenho tinha trinta metros de comprimento por dez de base. Fazia o rascunho, subia ao primeiro andar, observava de lá, voltava, corrigia, subia de novo, descia... Um trabalho de louco. Niemeyer só foi lá no início. Olhava tudo e dizia: ‘continua’. Não intervinha, dava-me total liberdade de criação”.
A artista, que deixou profunda e relevante marca em Brasília, nasceu em Paris, de mãe francesa e pai brasileiro (pernambucano). Ainda criança, Marianne teve seus primeiros contatos com a arte, influenciada pela mãe intelectual. Recém-saída da adolescência, recebeu convite para realizar um projeto de vitral no restaurante da Escola Técnica de Eletricidade, no Boulevard Voltaire, sobre um projeto do arquiteto J. Hecly. Concluiu os cursos de desenho e pintura na École des Arts Décoratifs e na Academie de La Grande Chaumière, em Montparnasse. Publicou ilustrações em revistas e jornais, capas de livros, desenhos e guaches. Radicou-se definitivamente no Brasil em 1953, estabelecendo-se em São Paulo. Em 1965 começou a trabalhar com murais e vitrais para a arquitetura.

A artista tem um vastíssimo currículo e obras instaladas e expostas no Brasil e no exterior. Trabalhos com sua assinatura podem ser encontrados na Fábrica Santista, no Hospital Santa Joana, no Tribunal de Justiça e na Igreja Nossa Senhora de Fátima da Boa Viagem, no Recife; no Palácio do Governo do Piauí; no Centro de Convenções do Hotel Premier Copacabana e no Hotel Continental, no Rio de Janeiro; no Espaço Cultural do Le Havre, em Paris e no Cartiere Burgo, em Turim, Itália. Atualmente, Marianne Peiretti dá os toques finais nos vitrais do altar da Igreja Matriz de São Lucas, em Olinda e realiza os esboços dos vitrais para uma capela antiga, em Vila do Conde, Portugal.

Marianne, junto com outros grandes artistas, como Athos Bulcão, Bruno Giorgi, Alfredo Ceschiatti e Burle Marx, entre outros, traduziram em Brasília, assim como o Aleijadinho, na Ouro Preto do século XVIII, o conceito de síntese das artes, do equilíbrio harmonioso das várias manifestações artísticas materializadas no espaço de viver.

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